domingo, 22 de março de 2015

Daniel Filho e Tina Roma, o profissionalismo da televisão – uma lição que guardei até hoje

     
     Por: Toshinobu Ishida para "Managers Café" e "LinkedIn Pulse"

     Numa fase da minha vida, participei de um programa de televisão produzido e apresentado pelo diretor Daniel Filho denominado “O Melhor de Todos”. O programa consistia em fazer 12 perguntas para um auditório especial, onde todos tinham um teclado com opções A, B, C e D para respostas. Iniciava-se com 100 candidatos e cada pergunta servia como uma peneira para a próxima pergunta. Ou seja, os que erravam estavam eliminados e os que acertavam podiam continuar a responder.
     Intercalada a cada 3 perguntas regulares eliminatórios, havia 4 perguntas especiais, não eliminatórios, onde todos podiam participar (eliminados e os aprovados). Chamava-se Prêmio Parmalat e ganhava quem era mais rápido na resposta. Nas perguntas regulares fui eliminado. Mas no último Prêmio Parmalat do dia aconteceu o seguinte:
     - E o último Prêmio Parmalat do dia vai para ... Toshinobu Ishida! – anunciou a locutora.
     E o Daniel Filho continuou:
     - Parabéns ao Toshinobu Ishida pela vitória no Prêmio Parmalat! Vai voltar para casa com porta malas do carro cheio de prêmios!
     Sem dúvida fiquei surpreso e animado com o prêmio. Mas o que me chamou a atenção na hora e depois ao rever a cena num VHS foi a pronúncia do meu nome. Ambos pronunciaram exatamente como eu costumo me apresentar para quem fala português.
     Tentei me lembrar do que aconteceu no dia do programa, antes de ir ao ar. E me recordei de uma cena. No momento que eu terminei de preencher e entregar o formulário de autorização de cessão de imagens, a pessoa que recolheu o formulário perguntou como se pronunciava o meu nome. Isso acontece corriqueiramente comigo, por ter um nome diferente e nem imaginei a finalidade. Achei que era apenas uma curiosidade. Depois do programa, entendi que quem recolheu o formulário era a locutora Cristina (Tina) Roma que anunciou o meu nome como ganhador do Prêmio Parmalat. E com certeza, ela deve ter passado a mesma informação para o Daniel Filho.
     Ficou uma grande lição profissional para mim, que desconhecia esse lado do preparo antes do trabalho naquela época de engenheiro recém-formado. Ou seja, para eventos (mais ainda se for ao vivo como uma reunião empresarial), onde não se pode errar e nem causar embaraços por uma leitura ou pronúncia errada, um bom apresentador faz uma pesquisa para evitar erros previsíveis. Já imaginou se numa reunião, o apresentador dar boas vindas lendo errado em alto e em bom tom o nome do Presidente da empresa visitante? Parafraseando a atual crise hídrica, já começaria a reunião no “volume morto”.
Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?

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2 comentários:

  1. Eu tenho uma história. Nos anos 80 era estagiário na UFRJ e tinha um colega que entrou comigo no estágio, super gente boa, que infelizmente não está mais entre nós. Nós dois fazíamos o mesmo trabalho, que incluía visitar os professores do programa de pós graduação da engenharia. Um desses professores chamava-se Watanabe. Um dia esse meu colega, após uma visita ao professor, veio conversar comigo e me disse: Marcelo, sinto que por algum motivo um professor parece não gostar de mim. Que professor, eu perguntei. E ele respondeu: O professor Vatanabé....aí eu expliquei ao colega a muito provável razão para o estranhamento... :)

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    1. Olá Marcelo, obrigado por compartilhar a sua experiência. Já dei muita risada com estranhas combinações de sons que numa língua é normal e numa outra é no mínimo estranho. Um caso clássico é na hora de brindar. Quando se brinda batendo as taças falando "tin-tin", os japoneses que não estão acostumados vão ouvir "piu-piu".

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