domingo, 22 de março de 2015

Geração Hambúrguer - McDonalds e Indústria, o que há em comum?


     Por: Toshinobu Ishida para "Managers Café" e "LinkedIn Pulse"

     Este artigo não é sobre o lanche. É sobre uma situação diferente que talvez um leitor possa aplicar no seu trabalho.
     Certa vez tive a oportunidade de instalar uma indústria de manufatura numa cidade do interior. Era uma ótima cidade, com população trabalhadora e séria. Mas havia um problema. Quase não existia cultura industrial disseminada entre a população. Muitos eram oriundos da agricultura, serviços, lojas ou pequenos escritórios. Ou simplesmente nunca tinham trabalhado antes.
     A característica dessa indústria era ser uma manufatura seriada, intermitente e repetitiva. A montagem dos produtos deveria obedecer rigidamente aos procedimentos e instruções de trabalho comuns a todas as demais fábricas no mundo.
     Contratamos jovens da cidade para trabalhar na linha de produção. Antes de serem funcionários, foi necessário mostrar que agora estavam entrando num novo estágio da vida, onde o profissionalismo determinaria os caminhos do futuro. O ensino do trabalho na linha de produção foi baseado no TWI (Training Within Industry) que é uma das bases do “Lean Manufacturing”.
     A situação que eu queria compartilhar aqui é sobre a experiência que tivemos com jovens que já tinham trabalhado em “fast foods”. Nestes “fast foods”, o jovem recebia treinamentos rigorosos de operação tais como: tempo de cozimento da carne, como fritar batata, quantas voltas dar no sorvete de casquinha, preparação das sobremesas, como atender o cliente, tempos e métodos de preparação, etc. Para cada modelo de lanche, uma lista de materiais que deviam ser colocados. E com clara organização e separação de tarefas entre diversas etapas. Ou seja, já era meio caminho andado para treinamento na linha de produção, pois vinham com conhecimento prévio sobre organização de tarefas e a necessidade de seguir os procedimentos e as instruções de trabalho.
     Hoje posso dizer que no “drive-thru”, ao receber o pacote de lanches, dava de volta cartões de visita da agência de emprego que prestava serviços de recrutamento.
 Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?


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