quinta-feira, 23 de julho de 2015

Você tem medo de quê? Sua atitude define coragem ou paralisia!



Por Waldyr Faustini Júnior (SR Manager for HR, Finance, Compliance & CIS at Calsonic Kansei Corporation) para LikedIn Pulse e republicado no Blog Managers Café (com autorização do autor).



Meu pai faleceu, quase se vão dois anos. Era uma figura simpática e sempre bem-humorado, gostava de música e de uma boa prosa com os amigos ou com qualquer um que estivesse disponível para uma conversa informal. Lembro me que quando criança ficava admirado ao andar com ele pelas ruas da nossa cidade, Pedreira no interior de São Paulo, e ver quantas pessoas diferentes ele conhecia e cumprimentava distribuindo sorrisos e pequenas piadas bobas. Em minha mente só havia um pensamento de admiração, “poxa vida, meu pai conhece a cidade inteirinha, todo mundo! ”. Ele foi, pelo que disseram alguns amigos, um bom jogador de futebol. Foi bancário e operário. Acima de tudo foi um ótimo pai.

Uma das coisas que era marcante em meu pai, era seu infinito medo de cães. Claro, havia uma boa razão para o medo dele, ele havia sido mordido numa madrugada qualquer, indo para o trabalho. Além do susto, um corte feio na perna que se transformou em cicatriz e o acompanhou desde então. Dizem que o medo exala um odor característico, e que alguns animais podem perceber isso, talvez por esse motivo meu pai não tenha tido boa sorte com cães, pois em outras duas ou três ocasiões ele foi atacado.

Em seus últimos meses de vida ele viveu em casa, era assim que podíamos cuidar dele, dar atenção e retribuir o amor e carinho que ele merecia. Ao contrário de meu pai, minha esposa adora cães e cresceu cercada por eles, então obviamente sempre tivemos cães em minha casa. Quando meu pai chegou a Meg ainda era uma linda Shih-tzu filhote de dois ou três meses. Para aqueles que não conhecem, essa é uma raça pequena e muito dócil, mas para meu pai não era assim, ele tinha medo do filhote e tentava afastá-la quando ela vinha morder a barra da calça dele ou a alça do chinelo. Era engraçado ver um adulto com medo da alegria de um filhotinho que descobria o mundo.

Foi minha esposa que lembrou disso essa semana e essa lembrança trouxe uma reflexão sobre os medos que carregamos ou adquirimos ao longo de nossas vidas. Medos reais, medos emprestados, medos irracionais.

Há quem tenha medo de lugares fechados ou pequenos, medo de não passar no vestibular, medo do fracasso, do desemprego, das dificuldades financeiras, medo de ficar só, medo da promoção no trabalho, medo da falta de reconhecimento, medo do desconhecido, medo de barata, medo de cães.

O medo pode nos mover ou nos paralisar. Quando ficamos paralisados o medo vence, e desistimos de coisas importantes, perdemos tempo, dinheiro, paciência e oportunidades, mas se nos movermos, isto é, enfrentarmos os nossos medos, nós vencemos a nós mesmos e descobrimos a tal da coragem, umas das chaves para o sucesso de qualquer atividade e a força motriz para continuar e persistir um pouco mais até a conquista de nossas metas.

E você, tem medo de quê? E vai fazer o que com seus medos, paralisar ou mover-se? 

Sempre há escolha.

Pense nisso e boa semana!


Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?

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