Por: Toshinobu Ishida para "Managers Café" e "LinkedIn Pulse"
Ainda como estudante, ouvi uma das versões desta história muito utilizada em treinamentos. Peter F. Drucker também descreveu uma versão com 3 cortadores de pedras. Há versões que ressaltam o perfil gerencial e outra o perfil motivacional.
Recentemente, numa reunião de trabalho, contei essa mesma história e surpreendentemente a maioria não a conhecia. Vou aproveitar então esta oportunidade para divulgá-la e será na versão de 5 pedreiros.
A história se passa na Europa medieval. Um viajante saiu de Bolonha e após uma caminhada de 2 semanas, ele chegou a Milão. Ao se aproximar da área central da cidade, viu uma grande obra sendo executada. O viajante perguntou para o primeiro pedreiro:
— O que você está fazendo?
— Você não está vendo que eu estou assentando os tijolos? A viagem fez você parar de enxergar as coisas? - respondeu resmungando o primeiro pedreiro.
O viajante repetiu a mesma pergunta para o segundo pedreiro:
— Esse é o meu trabalho e é o meu ganha pão para sustentar a minha família – respondeu o segundo pedreiro.
— Esse é o meu trabalho e está vendo como a parede está reta e alinhada? – respondeu o terceiro, fechando um dos olhos e visualizando o alinhamento com um grande sorriso de satisfação.
— Esta parede vai fazer parte da Catedral de Milão! – respondeu orgulhosamente o quarto pedreiro, abrindo e esticando os braços para os lados como se quisesse mostrar o tamanho da catedral quando ficasse pronta.
Algumas das versões desta história terminam aqui concluindo que este último pedreiro está vendo a “grande figura” e com o olhar de gerente. Mas vamos continuar mais um passo.
E por último o quinto pedreiro respondeu com sorriso, olhar para o céu e braços abertos e levantados:
— Estou participando da construção da Catedral de Milão, onde a minha família e os demais religiosos virão buscar benção de Deus por próximos séculos!
Analisando as respostas, o primeiro pedreiro é assentador de tijolos. Tijolo por tijolo é o que interessa e é somente o que importa.
Para o segundo existe um objetivo imediato que é receber pelo trabalho e sustentar a família.
Para o terceiro, há um fator de orgulho pessoal em fazer uma parede que não requer ajustes nem correções, pois há pouquíssimos pedreiros em Milão que são capazes de fazer bem feito.
Para o quarto, existe o objetivo final que é a construção da catedral. Uma catedral que dê orgulho à cidade e a sua religião pelo seu tamanho e sua beleza.
E para o quinto, além do objetivo material final, tem um objetivo intangível associado. A construção de um local que ficaria repleto de pessoas em busca de um apoio espiritual, cultos religiosos e celebrações como batismo, casamento e homenagem aos falecidos.
O entendimento da "grande figura" e das suas consequências, ou seja, o que estamos fazendo ou construindo é uma das coisas que nos inspira e nos dedica ao trabalho.
E agora, em qual dos 5 perfis acima você se aproxima perante o seu trabalho? E os membros da sua equipe? E os membros da empresa?
E agora, uma versão numa fábrica de autopeças.
Por exemplo, prensagem de um conector num cabo elétrico:
— Sou operador e meu trabalho é prensar terminais nos cabos ao longo do dia de trabalho.
— Tenho que prensar 900 terminais por hora para manter o emprego.
— Produzo 900 cabos com conectores por hora e sou reconhecido como operador que tem o menor índice de defeito.
— Através deste produto participo da montagem de carros que serão vendidos, vão rodar o país inteiro e talvez o compre na próxima troca.
— Os meus cabos fazem parte do sistema de “air bag” que vão rodar por décadas nos carros e salvar vidas. E para isso, não podem nunca falhar.
Esse último fator intangível seria um “plus” motivacional. Numa empresa pode ser o entendimento da responsabilidade, orgulho de pertencer aos seus quadros, lealdade com os princípios, profissionalismo, gosto de fazer bem feito, bom relacionamento com a chefia, reconhecimento no trabalho e outros fatores que requerem um entendimento da importância do seu trabalho. E não só para aquele momento mas ao longo das suas vidas.
Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?
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