terça-feira, 26 de maio de 2015

Senna, Honda, chip da NEC, admiração, profissionalismo e homenagem





Por Toshinobu Ishida para LinkedIn Pulse e "Managers Café"



     Trabalhei com o amigo engenheiro Antonio Carlos de Jesus (CAJ Engenharia). Ele me permitiu contar uma história que poucas pessoas conhecem e ele foi um dos protagonistas.

     Ele esteve na NEC do Japão durante 1 ano para um treinamento em semicondutores. Quase no final desse período, aconteceu o acidente fatal com Ayrton Senna no circuito italiano de Ímola no dia primeiro de maio de 1994. Um dia antes do retorno ao Brasil, chegou a ele uma notícia de que um casal de jovens engenheiros queria encontrá-lo para entregar uma encomenda. Ele e ela faziam parte da equipe que fez o desenvolvimento do chip de controle do motor Honda, com qual Senna foi campeão mundial de Fórmula 1 por 3 vezes.

     Após encontrá-los, os dois lhe entregaram uma caixinha. Dentro da caixa, havia um exemplar do chip do motor desenvolvido por eles. Emocionados, eles pediram para que o Antonio Carlos fosse ao Cemitério do Morumbi para enterrar o chip ao lado do túmulo do Senna. A justificativa era de que Senna proporcionou a eles inúmeras alegrias nos finais de semana que aconteciam corridas de Fórmula 1 e gostariam de deixar uma lembrança e fazer homenagem colocando o chip ao lado de onde ele foi enterrado.

     Antonio Carlos pegou a caixa, abriu para conferir o conteúdo, olhou firme para o chip e notou que os 3 últimos dígitos do “part number” eram “001”. Ele perguntou o motivo dessa terminação e o casal respondeu — Senna era o número 1 do mundo, portanto o chip do carro dele também teria que ter o código indicando ser o primeiro, ou seja, “001”.

     Ele fez exatamente o que foi solicitado. Voltou ao Brasil. Foi até o túmulo do Senna, tirou uma foto do chip e o túmulo, enterrou o chip e enviou a foto para Japão.

     Assim, anonimamente, o chip da NEC deve estar adormecido ao lado do Senna até os dias de hoje. Descansem em paz, vitoriosos!



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segunda-feira, 25 de maio de 2015

A última obra do João





João era um Mestre de Obras que ia se aposentar e foi se despedir do dono da construtora.

– Bom, Doutor, amanhã é meu último dia, vou me aposentar.


– Que pena! Você é um mestre de obras tão bom. Será que daria para você fazer uma última casa?

– Não daria para o senhor pedir para outra pessoa?

– Não, João, quero você porque você é o melhor.

A contragosto João concordou. Na primeira parede erguida constataram que o prumo estava torto. Como iria levar mais 2 dias para arrumar, João decidiu deixar torto mesmo. Na colocação de azulejos faltou o modelo que estavam colocando e João decidiu colocar outro. E assim a casa foi terminada o mais rápido possível para que João pudesse se aposentar, sem nenhuma preocupação com a qualidade. Quando João terminou e foi entregar as chaves o dono da construtora se espantou:

– Nossa, que rápido!

João já se despedia da porta antes que o dono pedisse mais alguma coisa.

O Dono da construtora chamou:

– João, olha as chaves da casa. Ela é meu presente pra você!


Todos os dias a gente está construindo nossa casa. Um dia a gente vai morar nela. Faça sempre o seu melhor! 


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sábado, 23 de maio de 2015

Tijolos, Muros, Paredes, Catedrais e Emoções - O que você está construindo?


Por: Toshinobu Ishida para "Managers Café" e "LinkedIn Pulse"
Ainda como estudante, ouvi uma das versões desta história muito utilizada em treinamentos. Peter F. Drucker também descreveu uma versão com 3 cortadores de pedras. Há versões que ressaltam o perfil gerencial e outra o perfil  motivacional.
     Recentemente, numa reunião de trabalho, contei essa mesma história e surpreendentemente a maioria não a conhecia. Vou aproveitar então esta oportunidade para divulgá-la e será na versão de 5 pedreiros.
     A história se passa na Europa medieval. Um viajante saiu de Bolonha e após uma caminhada de 2 semanas, ele chegou a Milão. Ao se aproximar da área central da cidade, viu uma grande obra sendo executada.  O viajante perguntou para o primeiro pedreiro:
     — O que você está fazendo?
     — Você não está vendo que eu estou assentando os tijolos? A viagem fez você parar de enxergar  as coisas? - respondeu resmungando o primeiro pedreiro. 
     O viajante repetiu a mesma pergunta para o segundo pedreiro:
     — Esse é o meu trabalho e é o meu ganha pão para sustentar a minha família – respondeu o segundo pedreiro.
     — Esse é o meu trabalho e está vendo como a parede está reta e alinhada? – respondeu o terceiro, fechando um dos olhos e visualizando o alinhamento com um grande sorriso de satisfação.
     — Esta parede vai fazer parte da Catedral de Milão! – respondeu orgulhosamente o quarto pedreiro, abrindo e esticando os braços para os lados como se quisesse mostrar o tamanho da catedral quando ficasse pronta.
     Algumas das versões desta história terminam aqui concluindo que este último pedreiro está vendo a “grande figura” e com o olhar de gerente. Mas vamos continuar mais um passo.
     E por último o quinto pedreiro respondeu com sorriso, olhar para o céu e braços abertos e levantados:
     — Estou participando da construção da Catedral de Milão, onde a minha família e os demais religiosos virão buscar benção de Deus por próximos séculos!
     Analisando as respostas, o primeiro pedreiro é assentador de tijolos. Tijolo por tijolo é o que interessa e é somente o que importa.
     Para o segundo existe um objetivo imediato que é receber pelo trabalho e sustentar a família.
     Para o terceiro, há um fator de orgulho pessoal em fazer uma parede que não requer ajustes nem correções, pois há pouquíssimos pedreiros em Milão que são capazes de fazer bem feito.
     Para o quarto, existe o objetivo final que é a construção da catedral. Uma catedral que dê orgulho à cidade e a sua religião pelo seu tamanho e sua beleza.
     E para o quinto, além do objetivo material final, tem um objetivo intangível associado. A construção de um local que ficaria repleto de pessoas em busca de um apoio espiritual, cultos religiosos e celebrações como batismo, casamento e homenagem aos falecidos.
     O entendimento da "grande figura" e das suas consequências, ou seja, o que estamos fazendo ou construindo é uma das coisas que nos inspira e nos dedica ao trabalho.
     E agora, em qual dos 5 perfis acima você se aproxima perante o seu trabalho? E os membros da sua equipe? E os membros da empresa?
     E agora, uma versão numa fábrica de autopeças.
     Por exemplo, prensagem de um conector num cabo elétrico:
     — Sou operador e meu trabalho é prensar terminais nos cabos ao longo do dia de trabalho.
     — Tenho que prensar 900 terminais por hora para manter o emprego.
     — Produzo 900 cabos com conectores por hora e sou reconhecido como operador que tem o menor índice de defeito.
     — Através deste produto participo da montagem de carros que serão vendidos, vão rodar o país inteiro e talvez o compre na próxima troca.
     — Os meus cabos fazem parte do sistema de “air bag” que vão rodar por décadas nos carros e salvar vidas. E para isso, não podem nunca falhar.
     Esse último fator intangível seria um “plus” motivacional. Numa empresa pode ser o entendimento da responsabilidade, orgulho de pertencer aos seus quadros, lealdade com os princípios, profissionalismo, gosto de fazer bem feito, bom relacionamento com a chefia, reconhecimento no trabalho e outros fatores que requerem um entendimento da importância do seu trabalho. E não só para aquele momento mas ao longo das suas vidas.
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