sábado, 21 de novembro de 2015

Desemprego e o Perigo da Depressão. Como Evitar?





Por Luciana Telles para LinkedIn Pulse e 
Blog pessoal da Luciana Telles(reproduzido no "Managers Café" com permissão da autora)






Nos últimos 2 meses, 3 pessoas se mataram perto da minha casa, num ato de total desespero e tristeza.  Que ponto essas pessoas chegaram para que tomassem essa atitude?  Em conversas na rua, descobri que o motivo foi comum aos 3, mesmo sem se conhecerem, viviam a mesma angústia, a falta de perspectivas profissionais e problemas financeiros. Num momento como o que estamos passando nos dias de hoje, onde a crise e o desemprego assolam a maior parte dos lares dos Brasileiros, este inimigo muito perigoso chega perto silenciosamente, aos poucos e se instala de forma definitiva em muitas casas, a DEPRESSÃO.
A demissão, por si só, já inicia um período de debilidade da nossa auto-estima.  Nos sentimos incapazes, muitas vezes humilhados, tristes e quase sempre, os sentimentos de raiva e injustiça tornam o processo ainda mais doloroso.
Num segundo passo, encarar a família, a cobrança, os filhos e dar a notícia é algo que incomoda e gera um desconforto (até mesmo vergonha) muitíssimo difícil de lidar.
O processo todo é muito ruim.  É um teste de perseverança para nossa hombridade…  Muitos sentimentos ruins em muito pouco tempo. Não há emocional que resista intacto.  É o início do luto, e da luta!
O processo de recolocação é outro teste de controle de ansiedade, paciência, persistência, fé, onde o desânimo e a esperança andam lado a lado, num looping louco de sucesso e fracasso, alegria e tristeza, decepções e surpresas…
O tempo se torna o inimigo número 1.  A demora do aparecimento de oportunidades, a falta de respostas, a humilhação constante, as negativas diárias, tudo corrobora para que o psicológico se torne ainda mais abalado.  As sexta-freiras, outrora comemoradas como o momento do descanso, se tornam sombrias e temerosas.  O fim de semana é uma lacuna grave para quem busca emprego. Dois dias insípidos para oportunidades.  Dois dias a mais de angústia…
Em pouco tempo, poderemos ser tomados por uma força invisível que se alimenta desse nosso estado frágil.  Estarmos vigilantes nem sempre é o suficiente para evitarmos o aparecimento da depressão.
Ao contrário do que muitos pensam, todos estão suscetíveis a ela.  Ela dá sinais sutis, muitas vezes despercebidos, que está se aproximando.  A desesperança constante, a irritabilidade, fraqueza emocional, grosserias com pessoas próximas, muito ou pouco sono, falta de vontade e energia para fazer coisas simples, tristeza profunda, sentimento de impotência, esquecimentos constantes, inércia, entre muitos outros sinais, são alertas vermelhos para que possamos agir rapidamente para evitar que ela se apodere de nós.
Para que isso não aconteça, ou evitar que chegue num ponto que somente intervenções médicas surtem efeitos, podemos e devemos criar rotinas que nos auxiliem neste processo de reciclagem profissional, para que seja menos doloroso possível, e por que não dizer, que transforme esta experiência numa rica vivência de aprendizados e conquistas para a vida.
Algumas dicas que costumo usar, sempre me vigio para que eu não caia na armadilha da depressão, nem sempre é fácil, mas agir proativamente contra esse mal, sempre será muito melhor do que remediá-lo:
  1. Não durma tarde, acorde cedo e não fique (jamais) de roupa de dormir durante o dia.
  2. Comece imediatamente uma atividade física.  Quando nos exercitamos, nosso corpo libera substâncias que relaxam e evitam os efeitos da depressão.  Talvez essa seja a dica mais importante.  Corpo são, mente sã!  O horário deve ser sempre o mesmo pois o corpo se habitua rapidamente.  Dinheiro não é desculpa!  Até uma boa caminhada é um excelente início. 30 minutos já fazem uma grande diferença.  Normalmente exercícios pela manhã nos dão vigor para todo o dia, oxigena o cérebro e “acorda” nossos neurônios.  Exercícios a noite são recomendados para quem tem muita insônia, pois ajudam a cansar o corpo para uma melhor dormida.  Veja o melhor horário para você mas, estabeleça pelo menos 4x por semana para que os resultados sejam bem efetivos.
  3. Olhos e ouvidos atentos a oportunidades.  Muitas vezes focamos na busca de empregos, quando existem reais oportunidades de empreender bem próximas a nós.  Na verdade, sempre acreditei que devemos empreender a todo momento, principalmente enquanto estamos empregados, termos sempre nosso plano B.  Normalmente este empreendimento pode nascer de um hobby ou algo que você goste muito de fazer, que aliás é a próxima dica…
  4. Desenvolva a criatividade!  Encontre soluções novas para antigos problemas…
  5. Procure algo que você goste muito de fazer e tenha um horário para isso.  Ler, tocar um instrumento, jogar video game, montar um quebra-cabeça, assistir a algo interessante, escrever um blog…
  6. É importante o estabelecimento de horários para cada coisa.  Uma rotina que ocupe seu dia com atividades alternadas, fará com que seu dia seja produtivo e não cansativo.  Eu particularmente estabeleci acordar diariamente às 6 da manhã, cuidar da família até as 7:30h, ler até às 9:00, trabalhar no meu plano B até às 11:00, buscar emprego até 12:30, almoçar e ver TV ou qq outra atividade de descanso da mente até às 14:00, buscar emprego novamente até as 15:00, trabalhar ou prospectar algo novo, me informar ou desenvolver algo até às 17:00, sair para passear com o cachorro até às 17:30, ir para a academia até 19:00, cuidar da família, TV e amigos até 21:00, estudar ou ler algo até 22:00 e dormir.  Me mantendo positiva, consigo aguardar sem ansiedade e me sentindo útil.
  7. Não durma a tarde! Não se envolva com atividades domésticas, que te ocupem todo o tempo e não te deixem tempo para você!
  8. Estude algo que precise aprimorar ou aprender, que lhe seja útil profissionalmente.
  9. Fins de semana não são para procurar emprego.  Não adianta!  Use-os para atividades em família, busque alternativas que te tragam boas energias, faça o BEM!  Quando eu era solteira e fiquei a primeira vez desempregada, usava meu tempo para ajudar nos estudos de crianças carentes num orfanato.  Me trazia tanta paz, me sentia tão útil!!!!  Era gostoso saber que tantas pessoas se importavam com a minha presença e que minha ausência era muito sentida.  Acabei fazendo desta atividade uma rotina por mais de 2 anos, mesmo depois que me recoloquei.
  10. Cuide e zele por algo que te faça bem, um animal, um jardim, uma horta.  Os japoneses acreditam que quando vc cuida e zela com amor (puro) de algo, isso faz com que vc limpe sua alma, esqueça seus problemas e que a natureza se encarregará de trazer boas energias para você.
  11. Saia, converse, tenha boas companhias.  Nada de falar de lamúrias… Ninguém gosta de estar com alguém que só fale coisas negativas e sio reclame da vida.  Seja positivo, apesar das adversidades.
  12. Não foque no problema, ou seja, não faça da sua razão de vida a busca pelo emprego.
  13. Não desanime.  Sei que é difícil, não adianta e não resolve! Mesmo!!!!!  Se recicle, se reinvente se necessário!

Por fim, a dica que dou e que faço (ou que pelo menos me policio para sempre fazer) é de sempre nos manter positivos, desta forma conseguiremos aguardar sem ansiedade o nosso momento de brilhar novamente.  Não encare um desemprego como período sabático, o meu é por demais produtivo, consigo fazer coisas para mim que a concorrida agenda de executiva não me permitia.  Faça por você e, principalmente por todos aqueles que estão a sua volta.  A auto-estima baixa não lhe trará o tão sonhado emprego e não lhe fará nada bem!  Acredite que você pode ser o agente da mudança de seu futuro e seja!  Boa Sorte e Xô Depressão!!!!

Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?

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  25.        Você tem medo de quê? Sua atitude define coragem ou paralisia
  26.        A incrível geração de gestores sem educação
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  28.        Quem está desempregado não tem tempo de ficar parado… 
  29.        Controle suas emoções
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  31.        O exemplo como agente multiplicador
  32.        Quando você precisa mudar a direção
  33.        Networkers: Receptivo, Seletivo e Restritivo
  34.        Apertem os cintos, o RH sumiu!
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  36.        O Problema é Seu!
  37.        Crônicas de RH: estagiário-presidente
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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Crônicas de RH: estagiário-presidente






Por Carlos Eduardo Rogério (Diretor Executivo -  Travessia RH), publicado originalmente como um capítulo no livro "Crônicas de RH: Retratos da Tragicomédia Corporativa", republicado com autorização do autor.




O termo estagiário envolve uma série de histórias sobre seus personagens. Eu também fui estagiário e, ao longo de minha carreira profissional, tive a oportunidade de trabalhar com vários deles, tentando de alguma  maneira contribuir com o desenvolvimento de suas carreiras. Nem sempre você tem sucesso, pois ainda há muitas coisas confusas nas cabeças dos jovens de um modo geral. Os estagiários são jovens e têm muitas dúvidas.

De todos os estagiários com quem trabalhei, guardo na memória e no coração um em especial, o Drida. Ele era muito diferente dos outros, sempre atento, ávido por aprender e nunca tinha tempo ruim. Os problemas para ele eram sempre oportunidades. Inteligente, rápido e compromissado. Era um jovem que sabia o que queria: conquistar seu espaço profissional. Vendo essa disposição, logo passei a chamá-lo de “estagiário-presidente”.

Eu tinha tirado a sorte grande. Inteligência muito superior à média. Tocava piano, jogava tênis e xadrez, falava um inglês perfeito sem nunca ter saído do país. Coloquei o Drida na área de comunicações, e nunca fomos tão claros, específicos e compreendidos por todos.

Nossa intranet cinco estrelas (feita em inglês, português e espanhol) foi elaborada por ele, assim como as apresentações cheias de recursos numa época em que não existiam as facilidades de hoje.

Na primeira vaga que tivemos, puxamos o Drida para dentro da organização. Passou a ser responsável pelo programa de visitas e participou de modo intenso da produção do vídeo institucional de RH, que ficou uma obra-prima.

Tudo o que ele fazia ficava incrível. Nesta época, ganhamos por três vezes consecutivas o prêmio “A Melhor Empresa para se trabalhar” e fomos convidados para dar palestras por todo o Brasil, claro, levando o Drida, pois em muito ele tinha ajudado no projeto.

Toda vez que eu tinha uma ideia que achava muito boa, pedia para ele desenvolver, e sempre a solução proposta por ele era muito melhor do que eu poderia ter imaginado. Também era ele que “brifava” nossas reuniões trimestrais temáticas, das quais todos os funcionários participavam.

Considero o meu maior mérito neste caso nunca ter atrapalhado o seu desenvolvimento e não me incomodar com o intenso brilho dele. Sempre o apoiei e o estimulei a estudar e progredir em seu crescimento profissional.

A empresa em que trabalhávamos foi vendida e tive que dispensá-lo, mas sempre mantivemos contato. Logo arranjou um cargo de gerente de marketing júnior, e me lembro da primeira vez que ele levou um grupo de vendas da empresa para a Universidade Disney, onde fizeram um curso sobre atendimento a clientes. Não sei quem ficou mais feliz; ele ou eu.


De lá, foi para outra empresa para ser gerente regional de produto, com muito mais responsabilidades. Mesmo de longe, sempre acompanhei sua carreira e suas conquistas. Um dia, há tempos atrás, pediu minha opinião sobre um processo de que ele estava participando. Não tive dúvidas em incentivá-lo a ir.


Hoje, com 35 ou 36 anos, já é diretor de marketing para a América Latina de uma gigante americana. 


Com certeza, em mais uns cinco ou dez anos, minha previsão será concretizada: Estagiário vai virar presidente!


Por: Carlos Eduardo Rogério


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sábado, 19 de setembro de 2015

O Problema é Seu!




Por Toshinobu Ishida para LinkedIn Pulse e Blog "Managers Café"





Quantas e quantas vezes na sua vida alguém já empurrou um problema para você, mesmo aparentemente sem querer, mas que no resultado final é mesma coisa do que dizer: “o problema é seu!”?

Pela praticidade, muitas vezes faço compras num supermercado de pequenas dimensões (minimercado, mas de uma bandeira multinacional). Uma compra típica de minimercado costuma ser de poucos itens, mas pela facilidade de uso, os clientes costumam pegar o carrinho para ir colocando os produtos. É um carrinho de pequenas dimensões e substitui o cestinho. Os clientes compram poucos itens e a maioria deles os utiliza somente até o caixa. Os produtos seguem depois em sacolas.

Aí que surge o problema! Num hipermercado é usual levar as compras até o carro usando o próprio carrinho. Mas num minimercado, não.

Dependendo da hora e da coincidência, me dirijo ao caixa para pagar e encontro uma pessoa na minha frente descarregando o carrinho e colocando os produtos no balcão.
Ritual de aproximadamente 5 em 10 clientes: ao fim do descarregamento, pensa (?) que o carrinho vai se desintegrar nos próximos 5 segundos!

Ou seja, deixa largado na posição que o “meu” carrinho vai ocupar daqui a pouco. Esse cliente fica prestando atenção no atendente, na passagem das mercadorias pelo scanner, faz o pagamento, enche as sacolas e vai embora sem nenhuma vez olhar para trás!

- Ei você, o próximo, se vira que o problema agora é seu! - não, não, ele não falou isso. Mas disse isso através de (falta de) atitudes.

Pois é, como o “meu” carrinho precisa se aproximar do balcão, o problema agora é meu. Sou obrigado a recuar o meu carrinho, remover o outro que está obstruindo e depois encostá-lo no balcão.

No mundo profissional é comum acontecer situações semelhantes. Veja um caso típico entre João e Maria:

Reunião de emergência. O cliente pede um Plano de Ações para resolver um problema de qualidade. Esse Plano de Ações envolve duas áreas distintas da empresa e portanto tem que ser feito com a colaboração do João e Maria. Prazo de resposta é de 5 dias. João tem que levantar e fornecer os dados para Maria analisar, concluir e apresentar ao cliente. 

Assim, dada uma importante missão para cumprir, João inicia os trabalhos. Maria Imaginou que a situação era tranquila. João passa-lhe os dados amanhã e teria 4 dias para analisar.


Só para confirmar, Maria perguntou para o João:

- Você vai me passar os dados quando?

- Amanhã sem falta. Já estou extraindo do sistema - respondeu João.

No dia seguinte:

- João, o dia está acabando. Os dados estão prontos?

- Ah... sabe como é, apareceu um outro relatório urgente para detalhar as vendas e tive que dar prioridade. Mas amanhã, na primeira hora...

No segundo dia:

- Já detalhou as vendas? Agora está extraindo os meus dados?

- Sim, detalhei e comecei a trabalhar nos seus dados, mas aí achei melhor fazer algumas alterações e tive que dar a prioridade.

No terceiro dia:

- E? Preciso urgente! Se passar de hoje não consigo fazer uma análise e preparar uma boa apresentação - pediu Maria.

- Já vai. Peguei os dados e estou fazendo a formatação. Daqui a pouco estará no seu e-mail.

Mas nada apareceu no e-mail.

No quarto dia, de manhã cedo.

- Enviei a planilha com os dados hoje antes do início do expediente. Então fica como se fosse enviado ontem, tá legal? - disse o João com ares de missão cumprida só faltando dizer “fiz a minha parte, agora é com você”.

Dos 5 dias disponíveis para preparar o Plano de Ações, ficou para Maria apenas o último dia. Dá para produzir um bom trabalho com apenas um dia? Talvez. Mas com 2 dias, com certeza absoluta que sim. E ainda daria para ensaiar a apresentação.

Maria precisou trabalhar até de noite para concluir a apresentação. Teve dúvidas sobre os dados mas já era de madrugada. E foi para sala de reunião na base do “vamos ver o que acontece”.

A apresentação foi um desastre. O cliente fez algumas perguntas sobre detalhes e Maria não conseguiu responder a metade delas. Ficou uma situação muito desconfortável perante o cliente, chefe, colegas, ...

Tudo isso aconteceu porque falta um consenso de que somos parte de um todo. Numa empresa somos parte de uma equipe de trabalho. Num minimercado somos parte de uma equipe chamada sociedade. Sempre participamos e estamos envolvidos em alguma equipe. E precisamos de colaboração de todos que participam na sua execução no tempo certo.

Se cada um de nós fizer a sua parte conforme o esperado, estas situações acima como do minimercado ou da apresentação não iriam ocorrer. Ao terminar de usar o carrinho, remova-o do local para não atrapalhar o próximo cliente. Ao entregar um trabalho, faça-o em tempos razoáveis para que o próximo colega tenha tempo para concluí-lo bem.

Em muitas situações do cotidiano pessoal e profissional, o problema não é seu.

O problema é QUEM CRIA O PROBLEMA e passa para frente sem resolvê-lo.
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  42.     Positivize-se
  43.     A Arte de se Receber (ou dar) um Feedback Negativo
  44.     O Santo bateu?